A análise do sêmen é uma parte central da avaliação da infertilidade masculina. Esta análise fornece informações sobre o volume, número, a mobilidade, e a forma dos espermatozoides, também ajuda a avaliar as funções dos testículos e das glândulas seminais.
Um homem deve evitar a ejaculação (sexo e masturbação) por dois a sete dias antes de realizar a coleta. O ideal é que a amostra seja coletada em um laboratório através da masturbação. Se isto não for possível, o homem pode coletar uma amostra em casa em um recipiente estéril de laboratório e levar ao laboratório dentro de uma hora depois do recolhimento, de preferência próximo ao corpo (como bolso) para mantê-la aquecida.
A amostra é avaliada macroscopicamente quanto ao volume, odor, viscosidade e pH. Uma análise microscópica avalia concentração, morfologia e motilidade dos espermatozoides. Ao mesmo tempo, pode também examinar a presença de bactérias e de glóbulos sanguíneos no sêmen. Os dados obtidos são então comparados com padrões normais permitindo o diagnóstico.
Um espermograma anormal pode indicar:
Azoospermia: ausência total de espermatozoides.
Oligospermia: espermatozoides presentes em número inferior ao normal.
Astenospermia: motilidade diminuída dos espermatozoides.
Oligoastenospermia: diminuição do número e motilidade dos espermatozoides.
Teratospermia: alterações do formato dos espermatozoides.
Necrospermia: alta percentagem de espermatozoides mortos.
Leucospermia: alta taxa de leucócitos no líquido seminal. Pode ser um sinal de infecção.
Se a análise do sêmen inicial é anormal, o médico, muitas vezes, solicita uma amostra suplementar. Esta é melhor realizada 1-2 semanas mais tarde.
Pacientes que farão tratamento por quimioterapia, podem ter seu sêmen congelado para preservar sua fertilidade, caso suas células seminais deixem de funcionar.