Técnicas de baixa complexidade

Técnicas de baixa complexidade

CONTROLE DE OVULAÇÃO
Aproximadamente 30 a 50% das mulheres inférteis apresentam algum problema ovulatório ao longo da vida. Especialistas em infertilidade utilizam vários medicamentos para corrigir estes problemas e para aumentar o potencial de gravidez. O monitoramento da ovulação é realizado por meio de exames de ultrassonografia transvaginal seriada, ou seja, em dias alternados.
A paciente faz uso de medicações (orais ou injetáveis) para induzir uma quantidade de folículos (bolsas que contém os óvulos) e os controla até o momento da ovulação através de monitoramento por ultrassom. O casal realiza o coito programado nos dias próximos à ovulação.

Para a fertilização in Vitro também é necessário que se estimule os ovários com drogas injetáveis, para se obter uma quantidade maior de óvulos. As injeções são subcutâneas e na maioria das vezes não são doloridas; existem até canetas especiais que permitem a aplicação pela própria paciente ou pelo parceiro. Daqui a alguns anos, os medicamentos injetáveis para estimulação ovariana poderão ser administrados por via oral.
Os ovários são avaliados durante o tratamento, por meio dos exames de ultrassonografia transvaginal (USG), para monitoramento dos folículos ovarianos.
Amostras de sangue podem ser coletadas para análise quantitativa de hormônios como resposta da estimulação. Normalmente os níveis de estrógeno aumentam durante o desenvolvimento folicular.
Avaliando o USG e os testes sanguíneos, o médico pode determinar qual o melhor momento para a aspiração dos folículos, o que geralmente ocorre por volta do 14º dia do ciclo. Quando os folículos estão maduros (os maiores com 17 a 18 mm), a paciente recebe uma dose injetável de hCG, que substitui o hormônio LH natural, maturando os óvulos para a fertilização. A aspiração dos óvulos ocorre de 34 a 36 horas após a administração do hCG.
Alguns ciclos podem ser cancelados antes da aspiração por diversas razões, tais como a baixa resposta ovariana, principalmente em pacientes de mais idade ou com endometriose grave que já se submeteram a diversas cirurgias nos ovários. Também podem ser cancelados para reduzir o risco da síndrome de hiperestimulação ovariana.

TESTE PÓS COITO
Exames para testar a receptividade da mulher aos espermatozoides também são realizados.
O casal comparece a clinica algumas horas após terem relações em casa. É colhida uma amostra do muco cervical e levada ao laboratório para uma análise detalhada. Os principais fatores analisados são quanto ao PH, motilidade e concentração espermática. Se o pH for abaixo de 7.0 (ácido), pode acabar “matando” ou inutilizando os espermatozoides. Uma amostra relativamente normal apresenta PH na escala de 7.0 e espermatozoides moveis e direcionais.
Caso o PH esteja alterado, o especialista poderá passar medicações para normalizar ou recomendar outro tipo de tratamento.

INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL ou INSEMINAÇÃO INTRAUTERINA (IA / IIU)
A inseminação intrauterina (IIU) está indicada a aqueles casais que tiveram tentativas fracassadas de relações sexuais programadas, que apresentam alterações no muco cervical, infertilidade inexplicada e alterações leves no esperma.
O objetivo da inseminação artificial é depositar os espermatozoides, após um processo de capacitação no laboratório: que separa somente os melhores espermatozoides e concentra-os em um pequeno volume, na cavidade uterina. A mulher utiliza medicamentos para produzir folículos múltiplos e liberar mais de um óvulo, de modo a atingir a fertilização, a ovulação é controlada através de exames de ultrassom para que se possa determinar o momento preciso da realização do procedimento. Este procedimento é muito simples, sendo realizado em consultório sem necessidade de qualquer tipo de anestesia ou permanência prolongada na clínica.
No dia seguinte realiza-se um novo ultrassom para constatar a ovulação, caso os folículos não estejam rompidos, a inseminação é repetida. Há a necessidade de uso de progesterona intravaginal para um devido suporte uterino, por pelo menos até a data do exame de gravidez, 15 dias após o procedimento.

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